A Diretiva Operacional Nacional (DON) estabeleceu o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR) para 2023, que entrou hoje em vigor no nível máximo de reforço (nível Delta) e se mantém até 30 de setembro. O DECIR prevê 79 meios aéreos, incluindo três helicópteros da AFOCELCA, mas a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) conta atualmente com 71 aeronaves, duas das quais estão inoperacionais devido a manutenção.
Há ainda cinco helicópteros ligeiros que não foram posicionados nos Centros de Meios Aéreos (CMA) de Mafra, Portalegre, Grândola, Ourique e Moura, devido a problemas no processo de contratação pela Força Aérea. A ANEPC assegura que as áreas afetadas estão cobertas por aeronaves de outros CMA e reforçou o dispositivo com aviões anfíbios e helicópteros no Alentejo.
No total, estão disponíveis 69 meios aéreos, menos sete do que o previsto. O DECIR inclui 11.161 operacionais, 2.293 equipas e 2.417 veículos, podendo ser mobilizados até 15.024 elementos, 2.567 equipas e 3.411 viaturas em 24 horas, se necessário. Os operacionais são bombeiros voluntários, militares da GNR, sapadores florestais e outros.
Este ano, a DON deixou de incluir recursos de vigilância, focando-se apenas no combate direto aos incêndios. Dados provisórios do ICNF indicam que, entre janeiro e junho de 2023, registaram-se 2.459 incêndios, que queimaram 6.104 hectares, mais do dobro da área ardida no mesmo período de 2022.