>A Associação Portuguesa do Cancro no Cérebro (APCCEREBRO) propõe a criação de um complemento de apoio financeiro para estudantes com necessidades de saúde, visando evitar que desistam dos estudos devido a despesas médicas inesperadas. A proposta será apresentada aos partidos políticos em maio, mês dedicado à consciencialização sobre esta doença.
Renato Daniel, presidente da APCCEREBRO, destacou que a associação, composta por jovens estudantes, reconhece as dificuldades enfrentadas por quem sofre de doenças crónicas ou oncológicas no sistema educativo. A proposta visa garantir igualdade de oportunidades, assegurando acesso a serviços essenciales e apoios técnicos, como fisioterapia ou neuropsicologia, áreas com recursos limitados no setor público.
A ideia é complementar o Serviço Nacional de Saúde (SNS), cobrindo despesas não comparticipadas, como consultas, tratamentos ou equipamentos médicos, sem substituir o SNS. A proposta inclui a criação de um Indexante de Apoio Social (IAS), atualmente fixado em 509,26 euros, para financiar intervenções necessárias durante a reabilitação, como óculos ou tratamentos no setor privado.
A medida já é aplicada em Coimbra através do Fundo Social António Luís Gomes, gerido em parceria entre a Associação Académica de Coimbra, a Universidade de Coimbra e o Serviço de Ação Social. Este fundo apoia estudantes em situações de emergência, incluindo despesas médicas, e a APCCEREBRO espera que a proposta se torne uma norma nacional no futuro.
