O XXXIII Encontro Nacional de Homenagem aos Combatentes realizou-se, como habitualmente, no Monumento aos Combatentes do Ultramar, em Belém, Lisboa. O evento contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Carlos Moedas, e centenas de pessoas, maioria ex-combatentes. A cerimónia começou às 12:00, coincidindo com o discurso do Dia de Portugal do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, em Lagos. Participaram também o major-general Avelar de Sousa e o coronel Paulo Pipa de Amorim.
Houve um momento de tensão quando o imã da Mesquita Central de Lisboa, sheik David Munir, subiu ao palco para uma cerimónia inter-religiosa. Um homem vestido com farda militar protestou, acusando a presença do imã de “traição ao povo português”. Outro homem também se manifestou, dirigindo insultos racistas ao almirante Gouveia e Melo, que estava presente. As autoridades intervieram para controlar a situação, que quase resultou em confronto físico.
No final, Gouveia e Melo evitou comentar o incidente, sublinhando que o momento era de união. Destacou a importância da cerimónia como um gesto de gratidão aos combatentes que serviram em África e a todos os outros, enfatizando que “um povo sem memória é um povo sem futuro”. Quanto à sua presença, negou qualquer intenção política, afirmando que o evento lhe era pessoalmente significativo.
O encontro, organizado anualmente no Dia de Portugal, inclui tradicionalmente a participação do sheik David Munir.