A juíza Susana Seca marcou o início do julgamento da Operação Marquês para 3 de julho, com sessões três dias por semana, interrompidas durante as férias judiciais de 16 de julho a 31 de agosto. José Sócrates, principal entre 22 arguidos, enfrenta acusações de corrupção, branqueamento e fraude.
A defesa de Sócrates não compareceu ao agendamento, alegando que "não pode haver julgamento" porque o processo ainda não ultrapassou a fase de instrução. Num comunicado, Sócrates criticou o acórdão de janeiro de 2024, que alegadamente "inventou um lapso de escrita" para alterar o crime e prolongar o processo.
Acusou ainda o Estado português de manipulação na distribuição do processo e na escolha do juiz do inquérito, descrevendo o processo como um exemplo de "abuso, arbítrio e violência".
O julgamento promete ser longo e polémico, com reações variadas dos advogados de defesa dos arguidos.