O projeto-piloto de voto eletrónico, uma reivindicação antiga do Conselho das Comunidades Portuguesas e já aprovado na Assembleia da República, deverá ficar em standby. Em entrevista ao programa Decisão Nacional da RTP Internacional, o secretário de Estado das Comunidades, Emídio de Sousa, afirmou que será "muito difícil" implementar esta medida para as próximas eleições presidenciais. Apesar de se declarar um "adepto incondicional do voto presencial", Sousa admite que o futuro passará pelo voto eletrónico, defendendo a coexistência de ambos e o fim do voto por correspondência.
Sobre a não recondução de José Cesário como secretário de Estado no novo governo de Luís Montenegro, Sousa confessou-se surpreendido. Considera Cesário um amigo e promete manter um diálogo construtivo com ele e com Carlos Gonçalves, ambos ex-secretários de Estado e atuais deputados.
No que toca à presença portuguesa no Brasil, Sousa anunciou uma visita ao país a 10 de julho, com o objetivo de avaliar a situação dos consulados e rever as carreiras e remunerações dos funcionários consulares a nível global. Contudo, não confirmou a abertura dos cinco consulados previstos.
Relativamente ao ensino do português no estrangeiro, Sousa admite que não será possível resolver a falta de professores e ajustar a rede EPE (Ensino Português no Estrangeiro) para o próximo ano letivo. Espera, contudo, melhorar as condições remuneratórias dos professores até 2026, com o Orçamento desse ano a contemplar mais verbas para o ensino da língua portuguesa fora do país.
