Sexta-feira, Junho 13, 2025
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Portugal celebrou 40 anos na CEE: Uma Cerimónia Memorável no Mosteiro dos Jerónimos

António Costa, presidente do Conselho Europeu, destacou, numa entrevista concedida por ocasião dos 40 anos de Portugal na Comunidade Económica Europeia (CEE), que o país tem uma taxa de absorção de fundos europeus próxima dos 100% desde 1985. Rejeitou a ideia de que os fundos foram mal aproveitados, sublinhando que os investimentos do passado devem ser avaliados no contexto da época e não com “os olhos de hoje”.

Costa congratulou-se com os avanços europeus na política de habitação, defendendo que é essencial uma oferta pública para regular o mercado. Referiu que a União Europeia (UE) finalmente reconheceu a habitação como uma política prioritária, com a Comissão Europeia a preparar uma estratégia para o setor entre o outono e o final do ano. A habitação será também elegível no próximo quadro financeiro plurianual.

Sobre o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Costa considerou um erro a não suspensão do plano em toda a Europa, argumentando que a execução acelerada não fez sentido face ao cenário de inflação e recuperação económica. Antecipa que as verbas do PRR serão incluídas no próximo orçamento europeu, uma vez que duvida da sua execução total até agosto de 2024.

Quanto ao investimento dos fundos de estabilização da Segurança Social no mercado de capitais, Costa esclareceu que a decisão não cabe à Comissão Europeia, mas admitiu que poderão ser criados incentivos e um quadro regulatório para facilitar esses investimentos.

O líder europeu atribuiu o crescimento dos partidos de extrema-direita na Europa ao aumento das desigualdades sociais e à sensação de falta de representação. No entanto, alertou que declarações suas sobre populismo podem ter sido retiradas de contexto.

Costa criticou Israel pelos ataques em Gaza, considerando-os uma violação do Direito Internacional, e teme que o país destrua a possibilidade de uma solução de dois Estados. Sobre a guerra na Ucrânia, defendeu continuar a pressionar a Rússia com sanções e apoiar a Ucrânia. A entrada da Ucrânia, Moldávia, Geórgia e países dos Balcãs Ocidentais na UE é, para Costa, um investimento geopolítico crucial, que exigirá reformas na União.

Relativamente à Defesa, Costa defendeu um plano coletivo europeu, priorizando a fronteira leste, e sugeriu o uso de recursos próprios da UE para financiar bens comuns. Criticou as tarifas defendidas por Donald Trump, afirmando que prejudicam a economia europeia e norte-americana.

Por fim, destacou que a UE aprendeu com os erros da crise das dívidas soberanas, gerindo de forma mais eficaz a crise económica durante a pandemia.

A entrevista foi conduzida por Natália Carvalho, editora de Política da Antena 1.

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