No Tribunal de São João Novo, no Porto, o julgamento foi retomado na sua 10.ª sessão após uma pausa de três semanas devido à baixa médica de um dos três juízes.
Rui Martins, vigilante de uma empresa privada que prestava serviços ao FC Porto, explicou que estava a monitorizar cerca de 90 câmaras no momento de um conflito na bancada norte do pavilhão. Reconheceu que pode ter tocado acidentalmente no teclado, mas não se lembra de ter mexido em nenhuma câmara. Acrescentou que o trabalho de supervisão das imagens do Estádio do Dragão e áreas circundantes deveria ser feito por, pelo menos, duas pessoas, mas a elevada afluência levou a que o seu colega tivesse de sair da sala de controlo.
Por outro lado, Miguel Marques, associado do FC Porto, relatou ter sido intimidado por um grupo de seis ou sete pessoas enquanto filmava os desacatos na assembleia geral com o telemóvel. Foi obrigado a apagar a gravação, mas esta ficou guardada no dispositivo. O FC Porto, assistente no processo, pediu a inclusão do vídeo como prova, e a presidente do coletivo de juízes, Ana Dias Costa, concedeu três dias para que as defesas dos arguidos analisem o conteúdo.