Numa intervenção no Conselho Nacional do PSD, aberta à comunicação social, Luís Montenegro atribuiu as previsíveis eleições antecipadas ao “sucesso do atual Governo e à popularidade do primeiro-ministro”. Criticou os ataques pessoais ao líder do executivo, considerando-os uma tática política de quem evita debater os reais problemas do país.
Num encontro mais participado do que o habitual, que contou com a presença de figuras como Manuela Ferreira Leite e José Pedro Aguiar-Branco, Montenegro deixou um recado à oposição: “Se pensam que hesitarei em continuar a dar tudo pelo país, não se cansem. Estou aqui para dar e durar.”
Sem mencionar diretamente Pedro Nuno Santos, o líder do PSD criticou políticos que “veem pouco” e “traem o interesse nacional”, defendendo que o escrutínio e a transparência estão garantidos, mas são usados como desculpa por quem não tem argumentos contra as políticas públicas em curso.
Montenegro afirmou que os ataques de que tem sido alvo são “a última esperança dos mais fracos” para tentar interromper o progresso do país. Sobre a Europa, disse que está “atónita” com a situação política em Portugal, mas expectante para ver como o Governo sairá reforçado desta crise.
Sobre a polémica envolvendo a empresa Spinumviva, garantiu ter a consciência tranquila e afirmou não dever nada a ninguém, destacando a sua independência na política.
No balanço da ação governativa, destacou áreas como a imigração e a segurança, afirmando que Portugal é um dos países mais seguros do mundo, mas alertou para a importância de não subestimar este tema.
Concluiu dizendo estar convicto de que terá “anos de governação” pela frente e que não tem medo de comparar as suas políticas com as alternativas propostas pela oposição, afirmando ter “vantagem comparativa”.