Ministro da Justiça do Brasil aborda presenças ‘episódicas’ do PCC em território português

Resumo em PT-PT:

Ricardo Lewandowski, ministro brasileiro, afirmou que a presença de facções criminosas brasileiras em Portugal, e vice-versa, é esporádica e não representa uma colaboração estruturada entre organizações. Por isso, não há uma grande preocupação por parte das autoridades dos dois países. No entanto, destacou a estreita colaboração entre a polícia portuguesa e a Polícia Federal brasileira, sublinhando que este não é um problema que aflija particularmente ambos os países.

Mais cedo, Ronaldo Caiado, governador de Goiás e pré-candidato às presidenciais brasileiras de 2026, alertou as autoridades portuguesas para não "baixarem a guarda" face às organizações criminosas brasileiras que se estão a instalar em Portugal. Caiado mencionou especificamente o Primeiro Comando da Capital (PCC), uma organização criminosa com presença em 24 países, incluindo Portugal. O PCC, originário das prisões de São Paulo, e o Comando Vermelho, criado no Rio de Janeiro, são duas das organizações criminosas mais perigosas do mundo. Caiado advertiu que, sem um combate firme, estas facções podem replicar em Portugal as suas atividades criminosas, tal como fazem no Brasil.

Caiado, conservador e membro do partido de direita União Brasil, é um dos nomes fortes para representar o bolsonarismo nas próximas eleições presidenciais, num momento em que o atual Presidente, Lula da Silva, enfrenta baixos índices de popularidade. A segurança pública é um dos temas que mais preocupa os brasileiros e deverá ser central nos debates eleitorais de 2026.

O XIII Fórum Lisboa, que decorre até sexta-feira, reúne dezenas de autoridades brasileiras, incluindo juízes, ex-presidentes e líderes políticos, para debater temas como Direito, Democracia e Sustentabilidade. O evento, organizado pelo juiz do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes, conta com 57 painéis e 500 palestrantes, atraindo cerca de 2.500 participantes.