Várias centenas de pessoas manifestaram-se hoje, em Lisboa, partindo do Largo do Chiado até à Assembleia da República, para exigir o reconhecimento do Estado da Palestina pelo Governo português. A iniciativa, com o lema “Fim ao Genocídio! Reconhecimento do Estado da Palestina Já!”, foi organizada por várias entidades, incluindo o Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e Paz no Médio Oriente (MPPM), o Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), o Projecto Ruído – Associação Juvenil e a CGTP.
Entre os presentes estavam dirigentes políticos como Paulo Raimundo (PCP), Mariana Mortágua (Bloco de Esquerda) e Jorge Pinto (Livre). Paulo Raimundo criticou a hesitação do Governo português, afirmando que Portugal se encontra entre os países europeus que ainda não reconhecem o Estado da Palestina, num contexto de “genocídio” em Gaza. Jorge Pinto destacou três prioridades: cessar-fogo imediato, abertura das fronteiras para ajuda humanitária e reconhecimento da Palestina como Estado independente.
Mariana Mortágua reforçou a necessidade de Portugal atuar perante as violações do direito internacional e o massacre em curso, defendendo sanções contra Israel, o fim do acordo de cooperação da UE com Israel e a suspensão de exportações de armas. Tiago Oliveira, da CGTP, sublinhou que a manifestação à porta da Assembleia da República acontece numa altura em que o programa do Governo está em discussão, exigindo uma posição clara sobre a independência da Palestina.
Cidadãos como Sofia Gusmão e Pedro Coimbra juntaram-se à manifestação por solidariedade com o povo palestiniano, criticando a falta de ação do Governo português e apelando à paz e ao fim da violência. Segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza, a campanha militar de Israel, iniciada em outubro de 2023, já causou mais de 55.000 mortos, incluindo muitas mulheres e crianças, em resposta ao ataque do Hamas que vitimou 1.200 pessoas em Israel.