A Diretiva Operacional Nacional (DON) para 2024, que define o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais (DECIR), vai ser hoje aprovada na Comissão Nacional de Proteção Civil, presidida pelo secretário de Estado da Proteção Civil, Paulo Simões Ribeiro. Segundo a diretiva, o dispositivo terrestre contará com 11.161 operacionais, 2.293 equipas e 2.417 viaturas durante o período crítico de combate a incêndios entre 1 de julho e 30 de setembro, designado “nível Delta”. Em situações mais graves, este número pode aumentar para mais de 15.000 operacionais, com um reforço significativo de bombeiros voluntários.
Entre 15 e 31 de maio, está previsto um primeiro reforço, com 8.882 operacionais, 1.788 equipas e 1.873 viaturas. Em 1 de junho, haverá um novo aumento de meios, atingindo a capacidade máxima a 1 de julho. Em caso de emergência, é possível mobilizar em 24 horas mais 3.863 operacionais, 279 equipas e 999 viaturas.
Comparando com 2023, verifica-se uma redução de 2.994 operacionais, 869 equipas e 756 viaturas. Esta diminuição deve-se à menor participação da GNR, PSP e Força Especial de Proteção Civil. Além disso, os postos de vigia da GNR e os meios de vigilância da PSP deixaram de ser contabilizados este ano.
Em relação aos meios aéreos, a Proteção Civil indicou que serão 76, mais quatro do que em 2023. A maioria dos operacionais (8.148) pertence aos bombeiros, incluindo 3.799 das Equipas de Intervenção Permanente, seguidos do Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas (2.248), GNR (449) e Força Especial de Proteção Civil (74).
A DON define anualmente os meios e a estrutura de comando do Sistema Integrado de Operações de Proteção e Socorro, garantindo a coordenação entre as diferentes entidades envolvidas. A reunião da Comissão Nacional de Proteção Civil decorrerá na sede da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Carnaxide, Oeiras.