Sexta-feira, Junho 13, 2025
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Igual, mas com a correção ortográfica de “123 milhões” para “cento e vinte e três milhões”, conforme as normas do português europeu: “Estudo em Portugal determina que as flores estão na Terra há cento e vinte e três milhões de anos.” Se preferir uma versão mais cativante: “Investigadores portugueses revelam que as flores existem na Terra há cento e vinte e três milhões de anos.” Ou, de forma ainda mais envolvente: “Descoberta em Portugal: as flores já adornavam a Terra há cento e vinte e três milhões de anos.” Escolha a que melhor se adapta ao seu propósito!

Ulrich Heimhofer, do Instituto de Ciências do Sistema Terrestre da Universidade de Hannover, e Julia Gravendyck, do Instituto de Biologia Organísmica da Universidade de Bona, na Alemanha, lideraram uma equipa que descobriu pólen fossilizado de angiospérmicas (plantas com flor) em sedimentos marinhos da Bacia Lusitânica, em Portugal. Esta bacia sedimentar situa-se na margem ocidental da placa Ibérica.

A origem e o desenvolvimento das plantas com flor continuam a ser um mistério, mas é certo que tiveram um impacto profundo na diversidade da vida terrestre. Heimhofer destacou que o aparecimento das angiospérmicas alterou significativamente a biodiversidade, enquanto Gravendyck relembrou que este fenómeno permanece um “mistério abominável”, tal como Darwin o descreveu.

Os investigadores analisaram grãos de pólen tricolpados (com três sulcos na parede externa) encontrados em sedimentos de mais de 100 milhões de anos, provenientes de um oceano pouco profundo. A técnica utilizada incluiu microscopia de varrimento laser e a deteção de fluorescência específica do pólen destas plantas. Para datar os sedimentos, a equipa analisou conchas fossilizadas através de isótopos de estrôncio, o que permitiu uma datação mais precisa do que os métodos tradicionais.

Esta abordagem não só recuou em dois milhões de anos o registo mais antigo de pólen tricolpado, como também forneceu evidências sólidas sobre o surgimento das primeiras plantas com flor eudicotiledóneas. A localização da Bacia Lusitânica sugere que as angiospérmicas, inicialmente associadas aos trópicos, eram mais comuns em latitudes médias do que se pensava.

Estes achados podem servir de modelo para melhorar a datação de fósseis vegetais e ajudar a compreender a evolução e diversificação das plantas com flor.

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