Em declarações à RTP em Lisboa, uma porta-voz do Movimento pelo Direito à Habitação afirmou que a crise habitacional “tem vindo a piorar” e que “a população não pode esperar pela vontade do Governo”. Para combater esta situação, o grupo lançou um caderno reivindicativo que defende mais habitação e menos especulação.
A porta-voz lamentou que “a habitação, um direito fundamental, continue inacessível para muitos”, criticando o facto de famílias serem despejadas sem apoio imediato e de os preços das rendas serem excessivos, citando o exemplo de T0 a 500 euros.
Uma jovem manifestante destacou a dificuldade de pagar uma renda com os salários atuais, considerando “impensável” a situação em Portugal. Partilhou ainda que, ao estudar no estrangeiro, encontrou habitação mais barata do que no país.
Entre as principais exigências dos manifestantes estão o controlo das rendas, o combate à especulação e a utilização de casas devolutas. Nos últimos sete anos, os preços das casas subiram 97% e as rendas 80%, agravando a crise habitacional.