Fernando Gomes, candidato da Lista B à presidência do Comité Olímpico de Portugal (COP), evitou comentar o conteúdo de uma entrevista, afirmando que seria “indigno do nosso olimpismo” pronunciar-se sobre o assunto. Falando à margem da 7.ª Gala da Federação Portuguesa de Patinagem, Gomes criticou Artur Lopes, presidente interino do COP, acusando-o de “falta de equidade e ética”. Revelou ainda que há pessoas a considerar apresentar uma queixa à Comissão de Ética.
“Um presidente deve ser imparcial e isento, como eu fui na FPF. Artur Lopes não demonstrou essas qualidades”, disse Gomes, sugerindo que o falecido José Manuel Constantino reprovaria as atitudes do atual presidente. Estas declarações surgiram em resposta a uma entrevista de Artur Lopes, que questionou o perfil de Gomes como candidato, referindo que a federação liderada por este geriu “recursos milionários”, algo distante da realidade do COP.
Gomes rebateu, destacando o sucesso da sua gestão na Federação Portuguesa de Futebol, onde a receita passou de menos de 40 milhões para 122 milhões de euros. Sobre a crítica de não garantir representação olímpica no futebol, explicou que a participação nos Jogos Olímpicos depende dos resultados da seleção de sub-21 e não apenas da “boa vontade da federação”.
O candidato afirmou estar confiante na sua proposta, centrada no atleta olímpico, com o objetivo de criar melhores condições para a prática desportiva, preparação, compensação e apoio pós-carreira. A Lista B de Fernando Gomes, que inclui ex-atletas olímpicos como Rosa Mota, Diana Gomes e Dionísio Castro, concorre nas eleições do COP, marcadas para a próxima quarta-feira.
