A Lista U, liderada por Fernanda Almeida Pinheiro, foi a mais votada nas eleições para o próximo triénio da Ordem dos Advogados (OA), com 33,81% dos votos (6.496 votos). A Lista R, de João Massano, ficou em segundo lugar, com 30,95% (5.946 votos), passando ambas para uma segunda volta, marcada para 31 de março.
A Lista N, de José Costa Pinto, obteve 25,57% (4.912 votos), e a Lista T, de Ricardo Serrano Vieira, 9,67% (1.857 votos). No total, foram registados 22.566 votos.
Estas eleições foram antecipadas pela atual bastonária, Fernanda Almeida Pinheiro, após a entrada em vigor dos novos Estatutos da OA, que criaram novos órgãos e a necessidade de eleger os seus representantes. Pinheiro defende que as eleições visam sanar divisões internas na classe.
Na campanha, Pinheiro focou-se na continuidade, destacando avanços como a revisão do sistema de previdência dos advogados e a atualização da tabela de honorários dos advogados oficiosos, após mais de 20 anos sem alterações.
Por sua vez, João Massano, atual presidente do Conselho Regional de Lisboa da OA, criticou a desunião na classe, atribuindo responsabilidades à gestão de Pinheiro. Ele propõe unir os advogados, combatendo divisões criadas em torno de temas como as defesas oficiosas ou o contraste entre grandes escritórios e profissionais liberais. Massano também quer apoiar advogados fora dos grandes centros urbanos, reduzindo o isolamento que muitos enfrentam.
