A Pordata divulgou um estudo sobre a evolução das eleições legislativas em Portugal, no dia em que se assinalam 50 anos das primeiras eleições livres, a 25 de Abril de 1975. O estudo destaca que a eleição com maior participação foi a de 1979, mas a de 2024 registou mais votos em termos absolutos (6.473.789). Ambas deram a vitória à Aliança Democrática (AD), liderada por Sá Carneiro em 1979 e por Luís Montenegro em 2024.
Nas 17 eleições legislativas realizadas, mais de metade dos eleitores votaram, exceto em 2019, quando a abstenção atingiu 51,4%. Desde 2009, a participação não ultrapassou os 60%. Em apenas três eleições (1980, 1985 e 2024), o PS e os partidos da AD (PSD e CDS-PP) não obtiveram juntos mais de dois terços dos votos válidos.
O estudo destaca o crescimento exponencial de dois partidos: o PRD, em 1985, que passou de zero para 45 deputados, e o Chega, em 2024, que subiu de 12 para 50 deputados. O PSD foi o partido com mais votos em 1991, com 2,9 milhões, mas o PS elegeu mais deputados em 2015 (121). Nas últimas eleições, o PS perdeu 42 deputados, passando de 120 para 78.
Em termos de paridade de género, desde 2015, as mulheres representam pelo menos 30% dos deputados. A Assembleia com mais mulheres foi a de 2019, com 38,7%. Os quatro maiores círculos eleitorais (Lisboa, Porto, Braga e Setúbal) elegem mais de metade dos deputados. Nas últimas eleições, PSD, PS e Chega obtiveram mais de 90% dos assentos parlamentares com 78% dos votos válidos, devido ao método d’Hondt.
