Quarta-feira, Maio 7, 2025
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ECDC alerta para graves lacunas na prevenção e controlo de infeções nos cuidados continuados

Segundo um estudo realizado entre 2023 e 2024, que abrangeu mais de 66.000 residentes em 1.057 instituições de cuidados continuados em 18 países da UE (incluindo Portugal), 3,1% dos utentes apresentaram pelo menos uma infeção relacionada com a prestação de cuidados de saúde. Embora algumas destas infeções sejam de fácil tratamento, outras podem ter um impacto grave na saúde dos doentes.

O ECDC recomenda que as instituições reforcem as medidas de prevenção e controlo de infeções, com mais recursos, melhor vigilância e maior considência. O estudo destaca a necessidade de proteger os residentes de instituições de longa permanência com estratégias baseadas em evidências e um compromisso com mudanças reais.

Entre as recomendações, o ECDC sugere a desinfeção das mãos com solução alcoólica como principal método de higiene e a melhoria das práticas de prescrição de antimicrobianos, focando-se no uso racional, especialmente no uso profilático. Estas medidas são essenciais para combater a resistência antimicrobiana.

As infeções mais comuns nas instituições foram as urinárias, respiratórias e de pele. A bactéria E. coli foi a mais identificada, seguida do vírus SARS-CoV-2 e das bactérias Klebsiella pneumoniae e Staphylococcus aureus. No entanto, apenas 20% das infeções foram confirmadas microbiologicamente, o que levanta preocupações sobre o subdiagnóstico e o tratamento sem eviancias claras.

No dia da investigação, mais de 4% dos residentes estavam a tomar antimicrobianos, com 30% das prescrições feitas para uso profilático. As infeções urinárias foram a principal razão para o uso de antibióticos.

Apesar de quase todas as instituições terem protocolos de higiene das mãos, 20% não tinham equipas treinadas em prevenção e controlo de infeções. Apenas 40% tinham um programa de administração de antimicrobianos em funcionamento, e menos de 10% ofereceram formação sobre prescrição adequada de antibióticos.

O estudo também revelou que 80% das instituições usam a desinfeção das mãos com solução alcoólica como método principal, mas 30% não têm um sistema regular para monitorar a higiene das mãos e fornecer feedback à equipa.

As instituições de cuidados de longa duração são definidas como aquelas onde os residentes precisam de supervisão 24 horas e cuidados de enfermagem especializados, mas não de procedimentos médicos invasivos.

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