A direção da Associação de Futebol (AF) do Porto solicitou um parecer ao Conselho de Justiça (CJ) para interpretar o regulamento, tendo aprovado na segunda-feira a inscrição da Boavista SAD no primeiro escalão distrital, que dá acesso às competições nacionais. José Manuel Neves, líder da AF Porto, destacou que a Boavista SAD não apresentou recurso no prazo de três dias junto da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), após a Comissão de Licenciamento ter negado a sua participação na Liga 3.
A equipa, conhecida como as “panteras”, falhou a inscrição na II Liga e, mais tarde, na Liga 3, devido à falta de certidões de não dívida à Autoridade Tributária e à Segurança Social, além de problemas financeiros que levaram a um processo de insolvência. Como consequência, a Boavista SAD desceu na hierarquia do futebol português até ao escalão principal da AF Porto, onde tais documentos não são exigidos.
O clube, liderado por Rui Garrido Pereira, manifestou a intenção de ter uma equipa sénior independente da SAD a partir de 2025/26, sob o comando de Fary Faye. Para isso, necessita de uma carta de compromisso da Boavista SAD, detentora dos direitos desportivos do clube a nível sénior, o que parece viável.
Apesar da inscrição da Boavista SAD, o principal escalão da AF Porto manterá 18 equipas, com o Vila Meã a subir para o Campeonato de Portugal, substituindo o Marco 09, que deve integrar a Liga 3. O São Martinho, terceiro classificado, foi convidado para a próxima Taça de Portugal, competição que a Boavista já venceu cinco vezes.
O clube, que foi despromovido da I Liga em maio após 11 épocas consecutivas, continua a ser um dos cinco campeões nacionais da história, título conquistado em 2000/01.