Mariana Leitão acusa Montenegro de "copiar o caderno de encargos do PS"

No seu primeiro discurso como nova líder da Iniciativa Liberal (IL), durante a X Convenção Nacional do partido em Alcobaça, Leiria, Mariana Leitão criticou o Governo, afirmando que o debate do estado da nação mostrou que a tão prometida mudança não passou de “marketing político”.

Leitão acusou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, de reforçar que a Aliança Democrática (AD) não será capaz de trazer reformas ou mudanças significativas para o país. Para ela, o momento para mudanças sérias e reformas ambiciosas “é agora, e não no final da legislatura”.

A líder da IL criticou também a falta de propostas arrojadas, destacando que o alívio fiscal proposto equivale a apenas quatro euros por mês, enquanto o Governo gasta 400 milhões de euros em despesas extraordinárias, como o suplemento para pensionistas, que classificou como uma medida eleitoralista.

Leitão acusou ainda a AD de seguir o modelo do PS, tanto na gestão da privatização da TAP, como na saúde e na habitação, onde vê apenas promessas não cumpridas e incentivos à procura, sem apoiar a construção. Segundo ela, o primeiro-ministro apresentou medidas que parecem “tiradas diretamente do caderno de encargos do PS”, com subsídios e promessas vagas, mas sem reformas estruturais ou coragem política.

“Chegou a hora de Luís Montenegro decidir se quer ser António Costa”, desafiou Mariana Leitão, sugerindo que o atual Governo está a seguir o mesmo caminho do anterior.