Sábado, Junho 14, 2025
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Quando o coração fraqueja, o hospital enfrenta a batalha em múltiplas frentes

A insuficiência cardíaca (IC) tem um impacto significativo na Unidade Local de Saúde (ULS) Amadora-Sintra, exigindo cuidados bem organizados. A Unidade de Insuficiência Cardíaca (UIC), recentemente acreditada pela Sociedade Europeia de Cardiologia, trata de centenas de casos anualmente, sendo a IC a segunda causa de internamentos, logo após a pneumonia. Esta doença tem uma taxa de mortalidade elevada, superando muitas patologias oncológicas.

O diagnóstico precoce é um desafio, pois os sintomas (cansaço, falta de ar, inchaço) são comuns a outras doenças. Um estudo de 2024 mostra que a IC afeta 16,5% dos portugueses com mais de 50 anos, percentagem que duplica após os 70 anos. Na região da ULS Amadora-Sintra, estima-se que haja cerca de 100.000 doentes.

Para responder a esta realidade, o hospital tem cinco consultas especializadas, com mais duas previstas até ao final do ano, e promove consultas precoces pós-alta, reduzindo o risco de reinternamentos. A UIC colabora com os cuidados de saúde primários através do projeto “Coração no Centro”, facilitando a referenciação e o acompanhamento dos doentes. Além disso, dispõe de uma unidade intermédia e de um Hospital de Dia para evitar internamentos.

A telemonitorização é outra ferramenta essencial, seguindo 150 doentes remotamente. Os custos associados à IC são elevados, com estimativas antigas a apontar para 500 milhões de euros anuais, sendo crucial garantir a sustentabilidade do sistema.

O trabalho na ULS Amadora-Sintra começou há duas décadas com a cardiologista Ana Oliveira Soares, que criou a primeira consulta especializada em 2005. Hoje, a equipa consegue acompanhar os doentes em todas as fases da doença, graças a um modelo de cuidados consolidado e reconhecido internacionalmente.

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