Nos anos 80 e 90, o mundo do rock foi abalado por uma banda que não só dominou as paradas, mas também redefiniu o que significava ser um ícone musical. Van Halen, com os seus riffs impossivelmente rápidos, os saltos acrobáticos de David Lee Roth e o carisma inigualável, foi muito mais que uma banda — foi um fenómeno cultural que marcou uma geração inteira. E, claro, houve muito humor e excesso pelo caminho. Afinal, era os anos 80, ou não fosse aquela a década do "mais é mais".
Tudo começou em 1978 com o lançamento do álbum de estreia auto-intitulado, Van Halen. O mundo conheceu Eddie Van Halen, um génio da guitarra que parecia ter sido tocado pelos deuses do rock. O seu "Eruption" não foi só um solo instrumental — foi um terramoto que sacudiu a música para sempre. E, enquanto Eddie fazia magia com as suas cordas, David Lee Roth saltava pelo palco como se estivesse num circo, com uma energia que deixava o público sem fôlego. Era impossível não se divertir a ver aquilo.
Os anos 80 foram a época dourada da banda. Álbuns como 1984 (que nos deu o clássico "Jump") e 5150 (com Sammy Hagar a assumir os vocais) consolidaram Van Halen como líderes incontestados do rock. As suas músicas eram o som de festas em garagens, de noites intermináveis e de uma juventude que vivia o momento. E, claro, havia o humor. Quem não se lembra das entrevistas de David Lee Roth, onde ele garantia ser "o maior frontman de sempre"? Ele provavelmente estava certo, mas éramos nós que ríamos.
Mas os anos 90 trouxeram mudanças. O rock começou a dividir espaço com o grunge, e Van Halen enfrentou desafios. No entanto, a sua influência permaneceu. Basta ouvir uma guitarra distorcida ou ver um vocalista a saltar no palco para perceber o legado de Eddie e companhia. E, embora os anos 80 e 90 tenham ficado para trás, o espírito de Van Halen continua vivo. Hoje, quando ouvimos "Panama" ou "Hot for Teacher", é impossível não sorrir e sentir uma pontinha de saudade daqueles tempos.
Van Halen foi mais que uma banda. Foi uma revolução, uma celebração do excesso e uma prova de que o rock, quando bem feito, pode ser eterno. Eddie Van Halle partiu em 2020, mas o seu legado permanece. E, sempre que alguém pegar numa guitarra e tentar imitar o seu estilo, o espírito dos anos 80 e 90 estará lá, vivo e a saltar no palco. Van Halen, obrigado por todas as memórias. E, Dave, se estiveres a ler isto: sim, és o maior frontman de sempre.