O árbitro Luís Godinho, da Associação de Futebol de Évora, falou à RTP sobre o auge da sua carreira, destacando a sua participação na final da Taça de Portugal em 2025 no Estádio do Jamor, um marco “grandioso” e motivo de orgulho. Para ele, o Jamor é o palco onde todos os árbitros sonham atuar, sendo um momento decisivo na sua trajetória.
Godinho defende que os árbitros deviam ter mais tempo de antena para se humanizarem e mostrarem que são parte integrante do jogo, tal como os jogadores. Ele sublinha que trabalha tanto quanto os outros envolvidos e que se prepara com responsabilidade para estar em grandes finais e dar o seu melhor.
Reconhecendo que os erros acontecem (apesar da alta percentagem de acertos), o árbitro afirma analisar sempre os seus desempenhos, mas lamenta que as pessoas tendam a focar-se mais nas decisões erradas, muitas vezes decisivas no resultado das partidas.
Prefere jogos com maior posse de bola, pois facilitam o controlo da arbitragem, mas garante adaptabilidade a todas as situações. Quanto ao relacionamento com os jogadores, Godinho diz ser “dialogante”, procurando manter a calma e explicando as suas decisões, mesmo quando estas podem ser contestadas.
Para ele, chegar à final da Taça foi a recompensa de mais de 20 anos de dedicação à arbitragem. “Tudo valeu a pena”, afirma, destacando que os sacrifícios pessoais não são verdadeiros sacrifícios quando se faz o que se ama com paixão e entrega.
